Agora o blog tem uma página informativa respondendo sobre como fazer o curso da House of Netjer. TODAS as informações necessárias estão na aba aqui no blog e qualquer dúvida só será respondida conforme instruções escritas no texto.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
(An)danças
Esse final de semana nós fomos visitar um outro pedaço da
África.Pedaço antigo,pedaço ancestral,pedaço chão de terra,pedaço que nos recebeu
de braços e sorrisos abertos. Esse final de semana fomos numa festa do Candomblé,festa de Oxum, saída de uma filha de Oxum.
Coisa mais linda nunca vi. Há dias eu estava com vontade de
ouvir um bom toque de atabaque e a oportunidade chegou pelas mãos de um amigo
querido. Fomos nós e o pequeno que aliás,se divertiu muito,cantou,dançou e fez
a alegria das pessoas da roda.A cada sorriso,a cada chamado,a cada giro eu
sentia o poder do amor dos deuses,nossos e dos outros e no final tudo se funde.
Não posso negar a atração pelas danças é muito forte em
mim,o som do atabaque é ancestral, é algo que puxa e limpa tudo e só fica a
vontade imensa de dançar. Penso que a espiritualidade da África é cosia que
mexe porque é alegre e séria ao mesmo tempo,é algo que perpassa esse e outros
mundos,é algo que colore a vida e que ilumina. Coisa rara de se ver nos nossos
dias e coisas comum em tempos antigos.
Antes de ser Kemetica eu sou algo além...eu sou uma
observadora do cotidiano,uma admiradora da fé. Eu sou uma pessoa do deserto e
não dos templos.Eu caminho em silêncio e louvo o tempo.
E para trazer alento ao coração uma frase de Rumi:
"Eu procurei em templos, igrejas e mesquitas. Eu
encontrei o Divino dentro de meu coração."
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Oferendas e gnose pessoal
Texto antigo,escrito por mim em outra realidade mas, cabe em muitas realidades,inclusive na minha atual.
A questão da oferenda aos Deuses
sempre foi uma grande dúvida minha. Procura da aqui, procura ali, pesquisa de
cá, perguntas acolá e ninguém nunca me deu uma resposta feita e os livros me
geram certa desconfiança. Então resolvi observar tudo a minha volta e analisar
como a “personalidade” dos Deuses se manifestava no dia-a-dia. Mesmo assim a
pergunta não parava de martelar minha cabeça: O que ofertar? Como ofertar? O
que é adequado ou não?
De repente, mexendo nos livros
sobre o Egito encontrei a seguinte citação: "Fazei oferenda com o que se
encontra em vossas mãos. Se não possuís nada, pronunciai a oferenda com
vossas palavras." Estela do Cairo 2003. Aquilo foi uma mudança radical no
meu pensamento cartesiano capricorniano. Comecei a encarar meu culto como algo mais doméstico e
informal do que eu poderia aceitar e imaginar e assim a coisa fluiu. Montei meu
primeiro altar com uma imagem, uma tigela de barro para oferendas e um suporte
para as velas. Meses depois percebi que comecei a agregar coisas para o meu
altar e também para a minha modesta ritualística.
O que eu quero dizer com isso
tudo? Quero dizer que constatei que a sabedoria milenar dos egípcios está
certa, pois muitas vezes nós não temos nada em mãos para ofertar aos deuses – e
olha que os egípcios eram demasiadamente caprichosos quanto a suas oferendas! –
e esquecemos que a maior oferta vem de dentro, do nosso coração que queima de
devoção. Se você não tem nada a ofertar, porém quer do fundo do seu coração
ofertar algo, homenagear os seus Deuses, oferte o que você tem de melhor,
oferte a sua alegria, monte a sua “festa”, celebre a vida ofertada pelos
Deuses.
Muitas vezes não ergo o meu
altar, prefiro colocar uma música bem animada que intuo que determinada
divindade irá apreciar. Por exemplo: eu gosto muito de rock e creio que uma das
divindades que cultuo gosta também; é uma coisa que se sente na pele, coloco o
CD e sei que Ele está lá, se divertindo também. Conheço pessoas que possuem uma
forma peculiar de ofertar coisas aos Deuses usando o paladar refinado para
compor pratos culinários para sua divindade de devoção. Dá super certo, diga-se
de passagem. Outros usam a dança, a música, a poesia, as artes gráficas para ofertar,
homenagear seu/sua Deus/Deusa. Creio que temos energia criativa de sobra quando
abraçamos uma religião, e quando nos deixamos ser abraçados pelo mundo sagrado as
energias fluem em nós e no nosso mundo, fazendo-nos criar liturgias próprias,
divertidas, eficientes e prazerosas. Afinal de contas, os Deuses também querem
se divertir e banquetear conosco, concordam?
Não quero, de forma alguma,
desmerecer os cultos formais. Eles são totalmente válidos e necessários, mas
não são o único caminho. O que tento passar aqui é que também existem formas
alternativas de se celebrar, principalmente no nosso caótico cotidiano. Os
Deuses são a vida que existe dentro de nós e Eles se regozijam com a nossa
alegria e criatividade. Essa é a nossa maior oferenda.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Um poema Sufi...
...nem só de Kemetismo se fala aqui!
"Enquanto te apegares a teu 'eu' vagarás de um
lado para o outro,
dia e noite, por milhares de anos;
e quando, após todo este esforço,
finalmente abrires os olhos,
verás teu 'eu', através de seus defeitos inerentes,
vagando ao redor de si mesmo, como um boi no moinho;
mas, se, finalmente livre de teu 'eu',
te puseres a trabalhar,
esta porta se abrirá para ti em dois minutos."
~ Hakim Sanai
dia e noite, por milhares de anos;
e quando, após todo este esforço,
finalmente abrires os olhos,
verás teu 'eu', através de seus defeitos inerentes,
vagando ao redor de si mesmo, como um boi no moinho;
mas, se, finalmente livre de teu 'eu',
te puseres a trabalhar,
esta porta se abrirá para ti em dois minutos."
~ Hakim Sanai
sábado, 1 de junho de 2013
Um banquete para Set
Hoje é dia de banquete para Set por gratidão à sua forte e constante presença em minha casa e
pelo cuidado Dele para com meu filho.
Agradar Set com comida é fácil desde que haja uma boa carne
de porco e uma cerveja bem gelada.Coloque a mesa um lugar de honra para o
convidado pois Ele não tem melindre senta mesa com seus
devotos,come,bebe,festeja. É um Deus espaçoso!! RS
Set não está na minha linhagem,não oficialmente.Porém eu o
tenho grande estima e então o considero um padrinho postiço,aquela divindade
que a gente simpatiza e toma pra si,faz
um culto com carinho e é isso aí! RS
Carne de porco na cerveja preta
Tempere a carne de porco (costelinha ou iscas cortadas
médias) com seu tempero preferido,acrescente gengibre em pó. Frite com pouco
óleo de gergelim já que essa carne solta gordura por si.Qdo estiver fritinha
coloque uma colher rasa de açúcar para dar aquele dourado bonito digno de
revista e termine a fritura! Acrescente a
cerveja preta (uma garrafinha) que deve estar em temperatura ambiente
(sim,faz MUITA diferença devido ao choque térmico) e deixe reduzir até ficar um
caldo grossinho.
Voilá!!! Está pronto para celebrar! Dua Set!!
Obs: Faça oferendas para Set sempre antes pois é um Deus que só
aceita pagamento adiantado! *pisc
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